quarta-feira, 13 de junho de 2012

Tudo mudou

“Tudo mudou…
        O rouge virou blush
        O pó-de-arroz virou pó-compacto
        O brilho virou gloss
        O rímel virou máscara incolor
        A Lycra virou stretch
        Anabela virou plataforma
        O corpete virou porta-seios
        Que virou sutiã
        Que virou lib
        Que virou silicone
        A peruca virou aplique, interlace, megahair, alongamento
        A escova virou chapinha
        “Problemas de moça” viraram TPM
        Confete virou MM
        A crise de nervos virou estresse
        A chita virou viscose.
        A purpurina virou gliter
        A brilhantina virou mousse
        Os halteres viraram bomba
        A ergométrica virou spinning
        A tanga virou fio dental
        E o fio dental virou anti-séptico bucal
        Ninguém mais vê…
        Ping-Pong virou Babaloo
        O a-la-carte virou self-service
        A tristeza, depressão
        O espaguete virou Miojo pronto
        A paquera virou pegação
        A gafieira virou dança de salão
        O que era praça virou shopping
        A areia virou ringue
        A caneta virou teclado
        O long play virou CD
        A fita de vídeo é DVD
        O CD já é MP3
        É um filho onde éramos seis
        O álbum de fotos agora é mostrado por email
        O namoro agora é virtual
        A cantada virou torpedo
        E do “não” não se tem medo
        O break virou street
        O samba, pagode
        O carnaval de rua virou Sapucaí
        O folclore brasileiro, halloween
        O piano agora é teclado, também
        O forró de sanfona ficou eletrônico
        Fortificante não é mais Biotônico
        Bicicleta virou Bis
        Polícia e ladrão virou counter strike
        Folhetins são novelas de TV
        Fauna e flora a desaparecer
        Lobato virou Paulo Coelho
        Caetano virou um chato
        Chico sumiu da FM e TV
        Baby se converteu
        RPM desapareceu
        Elis ressuscitou em Maria Rita?
        Gal virou fênix
        Raul e Renato,
        Cássia e Cazuza,
        Lennon e Elvis,
        Todos anjos
        Agora só tocam lira…
        A AIDS virou gripe
        A bala antes encontrada agora é perdida
        A violência está coisa maldita!
        A maconha é calmante
        O professor é agora o facilitador
        As lições já não importam mais
        A guerra superou a paz
        E a sociedade ficou incapaz…
        De tudo.
        Inclusive de notar essas diferenças.”

        Luiz Fernando Veríssimo
O que não pode mudar:
Criança será sempre criança
Pais serão sempre educadores por excelência
E não “amigos” dos seus filhos
A criança precisa de bons exemplos em casa para construir seus valores
Educar exige constância, coerência e cumprimento
A energia vital da criança é a atenção
A criança tem que saber lidar com o não – e os pais também
Escola não faz milagres e nem substitui o papel dos pais
Quem tem o controle da situação e das decisões são os pais e não seus filhos
O seu filho deve se adaptar a sua vida, as suas rotinas e não o contrário

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Vamos contribuir??